Friday, December 30, 2005

"Conso(l)ado" por JVC (Jornal de Tondela)



É véspera de Natal e aqui estou eu, só, sentado em frente à lareira na casa dos meus Pais, o computador nos joelhos a escrever este texto. Ouço vozes lá para os lados da cozinha, misturadas com o som dos tachos, das panelas e dos talheres a baterem qualquer coisa, presumo que estejam a bater os ovos para fazer rabanadas, aqueles doces de pão molhado de que alguém gosta muito.

A chama da lareira de vez em quando vai-se abaixo e eu tenho que chamar o meu Pai para ele por lá mais umas cavacas senão daqui a um bocado fico cheio de frio. Não é maldade minha, antes pelo contrário, é a melhor maneira de o tirar da cozinha e o livrar do trabalho de descascar as batatas para o cozido de logo. Se vissem a alegria dele quando eu o chamo compreenderiam a sua satisfação. A vida é isto mesmo, eu coço as costas dele e ele coça as minhas. Quando depois do almoço fomos obrigados a tirar as cascas às castanhas com que se vai rechear o perú que amanhã vamos comer ao almoço, estranhamente ele recebeu um telefonema de um amigo que durou mais de três quartos de hora e que só acabou quando também se acabaram as castanhas. A mim é que ninguém telefona nestas alturas. Curiosamente, logo a seguir recebeu a visita de um irmão e, como manda a boa educação, lá foram os dois para a sala. Tendo eu recebido a mesma educação, não tive outro remédio e lá fui fazer-lhes companhia o que parece ter provocado algum alvoroço. É claro que ninguém leva em conta o facto de eu, hoje, já ter feito a minha cama, com grave prejuízo da minha futura hérnia que me vai doer por causa desse esforço.

Das vozes que ouço, sobressai a da minha Mãe. Quem é vivo sempre aparece, quem é vivo sempre aparece, ouço-a dizer. Ou me descobriram ou chegou alguma visita. Arrisquei-me e fui lá ver. Não era ninguém; apenas tinha encontrado, na máquina de lavar louça, uma taça de que andava, desesperada, à procura. Esta mulher cansa-me! Tenho quase um quarto de século a menos que ela e já não tenho forças para fazer metade do que ela faz. Desde que se levanta até que se deita, o turbo funciona sempre a todo o gás. Quando, daqui e trinta e tal anos, se lhe acabar a genica, vamos morrer de fome. Nem é bom pensar nisso. Agora que voltou à escola e está a aprender inglês até já dá valor às férias e, como ela diz, que bom que é não ter trabalhos de casa para fazer.

O meu Pai acaba de chegar com mais um braçado de lenha; digo-lhe que parece cansado. Pudera, responde, ainda não parei, mas já disse à tua Mãe que, para o ano, não se faz nada cá em casa e que se encomenda tudo de fora. Querias, penso eu, mas não me atrevo a desenganá-lo!

Parece que vou ter que interromper porque alguém tem que levar o lixo lá fora e, não tarda nada, temos que nos vestir para o jantar. Não é que estejamos nus, mas nesta noite especial, cá em casa os homens vestem-se a rigor, de fato e gravata e as mulheres esmeram-se ainda mais do que o costume. Afinal, a noite da consoada é muito especial e como tal, a Família, porque é dela a noite, deve celebrá-la a preceito...

Tuesday, December 20, 2005

Xmas forever!


Snoozing Santa
Originally uploaded by TheLizardQueen.

I know it's tiring but I LOVE IT!!!!

MERRY CHRISTMAS EVERYBODY!!!

Wednesday, December 07, 2005

"Forget painting, Turner Prize is awarded to an old boatshed"


Simon Starling's winning Shedboadshed

(By Nigel Reynolds, Arts Correspondent of The Telegraph(Filed: 06/12/2005) )

"Evidently nobody told the judges that painting was supposed to be back in fashion.
The Turner Prize, sometimes known as the Emperor's New Clothes Prize, was awarded last night to Simon Starling, a conceptualist whose installations are so odd and difficult to analyse that he is known on the art circuit as "the nutty professor".
His victory may at least do something to promote
the ancient craft of carpentry. Shedboatshed, one of the pieces he entered for the Turner Prize exhibition at Tate Britain, started life as a decrepit boathouse, which he found on the banks of the Rhine in Germany.
He bought and dismantled it, built a boat from some of its planks and loaded the remaining ones into the boat, which he then rowed to Basle in Switzerland, where he was having an exhibition. He dismantled the boat and faithfully rebuilt the boathouse and put it on display. ..."

Tuesday, November 29, 2005

"Desabafos" por JVC (Jornal de Tondela)


Originally uploaded by mariekefotografeert.


Desabafos

Brrrrrrr! Chegou o frio, mais a chuva, os dias estão cada vez mais tristes e pequenos e as árvores, ao som do vento, começaram o seu striptease anual, mostrando-nos, lentamente, os seus corpos, uns mais roliços que outros, num prolongado espectáculo a que vamos assistindo até próximo do final do ano. Nuas, as árvores vão ficar à espera que um novo ano lhes traga as roupas prometidas para a nova estação, mais bonitas e mais coloridas, como convém para nos voltarem a seduzir até que a natureza se canse e recomece tudo de novo. As ruas e os jardins agradecem as mantas de folhas com que as vestem para se aquecerem do frio e se protegerem da chuva, dos nossos pés ou, quem sabe, dos presentes que lhes dão os animais que, pela trela, passeiam os seus donos.

Neste jogo de equilíbrios que é o Mundo e para que ele se não vire, há sempre quem prefira esta época do ano, escura, fria e húmida, enquanto para outros ela é um calvário que se vai cumprindo a custo, na esperança ou na certeza, de que melhores dias virão.

Eu sou membro do clube dos apreciadores dos dias compridos e quentes. Inscrito há algum tempo nesta agremiação, renovo, com mais convicção a cada ano que passa, a minha quota, cumprindo religiosamente um dos principais rituais, a enumeração de propósitos prometidos e não cumpridos, antes eu não sabia bem como era, agora sim, vais ver, é só voltarem esses dias e, ai vais ver vais, podes apostar, podem apostar.

Nesta altura do ano, o frio vence-me tão facilmente e com tanta arrogância como os clubes que o Mourinho treina limpam os seus oponentes. É tiro e queda. Todas as manhãs é um gozo, para o frio, ver-me sair do quentinho da cama, soprar-me para os pés e atirar-me com água fria para as mãos e para a cara. As roupas que tiro do frigorífico esfregam-se-me no corpo com requintes de malvadez e, por muito que eu resista, insistem em ficar coladinhas. Quando penso que, finalmente, o pouco calor do meu corpo as aqueceu, descubro que há sempre uma parte do tecido das pernas das calças que ainda não me tinha dado os bons dias e, pimba, lá vem mais um arrepio. E quanto mais me arrepio mais frio tenho. A solução é andar esticadinho e muito direito como se tivesse engolido uma vassoura e tentar evitar esses indesejáveis contactos. Ah, como eu percebo o candidato Cavaco!

Quando não uso gravata e ando com o colarinho desapertado, o desavergonhado do frio enrola-se-me ao pescoço enquanto escorrega para dentro da camisa; curvo as costas e encolho os ombros, enterro a cabeça nas omoplatas, o queixo no colarinho e vou respirando ar quente em direcção ao umbigo. Cansado de frio, acabo por me sentar. A próxima vez que comprar calças, mando fazer as bainhas muito mais compridas, porque sentado direito não dá. As calças sobem para meio da canela e as meias são presa fácil para o malvado. Sobe pela perna e só não vai até aonde quer porque as minhas mãos já estão bem entaladas, mas quentinhas, entre as pernas. Ao fim de algum tempo começam a doer-me as costas, tenho que encontrar outra posição e a luta recomeça.
Quem me cá dera o calor!

Thursday, November 10, 2005

"Não empurrem, se faz favor!" por JVC (Jornal de Tondela)


1664
Originally uploaded by phil h.



“Orienta-me aí uns trocos, ó meu e empresta-me aí o telemóvel para mandar uma mensagem!”
Esta foi a frase que Angelo, nome fictício, um jovem português de origem africana, para aí uns catorze anos mal medidos, um metro e sessenta mais coisa menos coisa, usou naquele fim de tarde primaveril, para assaltar Ricardo, nome verdadeiro, dezoito louros anos bem medidos, um metro e noventa, mais ou menos. Na dança que se seguiu, Ricardo, obviamente curvado, mantinha Angelo à distância, a mão esquerda segurando-lhe a cabeça como se fosse uma bola de basquete, tentava que o puto se deixasse de tretas e se fosse embora; apesar de procurar acertar no corpo de Ricardo com os punhos, Angelo não conseguia aproximar-se dele. Ricardo, a duas centenas de metros da estação dos comboios, que estava à vista, já farto do pas de deux, disse ao miúdo: já estou atrasado, vou virar-te as costas e vou apanhar o comboio; se me chateares, dou-te uma sova! O miúdo, sempre a provocar, lá acabou por se ir embora.

Ricardo está habituado a este género de diálogos, desde os dez anos que convive, diariamente, com esta realidade, já “orientou” bastantes trocos, alguma roupa e um par de telemóveis, agora está farto, o corpanzil dá-lhe segurança, excepto quando sacam as facas, como lhe aconteceu este verão, no centro de Cascais, perto da marina. Está ele e estão os amigos.

Angelo, nome fictício, está tão habituado ao medo que a sua prosápia provoca nas suas vitimas que, desta vez, não mediu bem a sua presa; mas para ele, presas há muitas, a polícia nada lhe pode fazer, é assim a lei, se o apanham logo o têm que soltar, provocador e sarcástico, quantas mais vezes melhor, são mais umas façanhas para contar aos amigos.

Angelo é o retrato robot de uma certa juventude que a imprensa teima em proteger, como agora se vê com o que se passa em França. Para a imprensa, sempre politicamente correcta, como é a nossa RTP1, eles são jovens que se sentem marginalizados, discriminados, encafuados em guetos e tratados de maneira diferente por causa da cor da pele.

Para o Ricardo, para os amigos dele e para as vitimas destes incompreendidos, esta rapaziada, a que por cá anda e aquela que começou a Intifada em Paris, não é nada disso. O Ricardo, os amigos dele e as outras vitimas, já perceberam que é mais cómodo para a sociedade mandante e bem pensante, falar grosso para eles, para as vitimas, do que para os arruaceiros.

O Ricardo cresceu e a geração dele vai, um dia, mandar nos destinos deste país. E doutros países O Ricardo está numa via com dois sentidos. Uma, aquela que nas suas quase duas décadas de vida ele mais tem ouvido, a do diálogo, a da compreensão e do multiculturalismo e a outra, a que privilegia a força e a ordem. Por qual delas optará ele?

Eu, que conheço pessoalmente o Ricardo e os seus amigos, temo que a minha geração, as que me precederam e a que actualmente nos governa, os estejamos a empurrar para a pior das soluções. Os dados estão lançados!

Atenção pais!


Acabou-se o descanso (pelo menos no Reino Unido)!
Para aqueles pais que estavam na sua "fresca ribeira" gozando os poucos anos dos filhos em que não se tem que preocupar com o seu desempenho escolar, digam adeus.
Aparentemente no Reino Unido foi criado um curriculum "escolar" para os bébés dos 0 aos 36 meses. Todos os infantários terão de seguir este curriculum de agora em diante sendo sujeitos avaliações e inspecções regulares.

Citando a notícia:

" The curriculum will divide a baby's development into four broad areas: heads up, lookers and communicators; sitters, standers and explorers; movers, shakers and players; and walkers, talkers and pretenders.

There will be four aspects, each containing a check list of components: a strong child, a skilful communicator, a competent learner and a healthy child.

Competent learners must be able to make patterns, compare, categorise and clasify. They should be able to imitate, play imaginatively with all the senses, make their own symbols and marks and recognise that others might use them differently. "
Não gostaram do termo "competent learners"?
e mais adiante continua:

"...Inspectors will want to see if pupils are meeting the four components of "a healthy child", including being able to express "joy, sadness, frustration and fear, leading to the development of strategies to cope with new, challenging or stressful situations".


Para quando os exames nacionais?

Tuesday, November 08, 2005

França a arder...e o fogo pode alastrar...




Tudo parece tão claro quando dito por Mark Steyn

ou por José Manuel Fernandes:

"Na mesma noite em que dois jovens morreram electrocutados em circunstâncias que permanecem nebulosas (mas de que logo se responsabilizou a polícia), um homem de 50 anos era morto ao pontapé por delinquentes perante a passividade de dezenas de pessoas. O presidente da câmara local entendeu dever acorrer ao funeral dos jovens, mas ignorou o da vítima do banditismo. Este gesto contém uma clara mensagem política que valoriza a suspeição, não provada, sobre um eventual exagero da polícia, e desvaloriza o vandalismo mais bárbaro.

O imenso falhanço da "integração" reside exactamente nestes tipo de equívocos, nesta total confusão de valores. Se se aceita e justifica os que vivem desafiando a lei, acaba-se no caos. E se não se promovem os valores da tolerância e do trabalho, acaba-se na segregação. Pior só acrescentando um clima político inquinado, como aquele que a França vive."


por Pacheco Pereira no seu Abrupto analisando um artigo do jornal Libération:

"...a enorme rede de subsídios e financiamentos estatais típicos do “modelo social europeu”. O artigo cita a crise das acções de alfabetização, financiamentos do Fasild (antigo Fundo de Acção Social), acções de prevenção com adolescentes, programa de empregos-jovem, acções com mulheres, associações subsidiadas (o exemplo é uma intitulada Sable d’Or Mediterranée) que fazem acções de inserção, acolhimento dos recém emigrados, acesso à cultura, teatro de adultos, iniciação ao cinema, vários projectos artísticos e culturais, etc., etc.;

a enorme quantidade de pessoas que trabalha nestes programas, associações, ONGs, que são elas próprias um grupo de pressão para o aumento dos subsídios e o alargamento dos apoios estatais, e que, não é por acaso, aparecem nesta crise como as principais vozes “justificando” a “revolta dos jovens”;

e, por último, o enorme contraste entre o modo europeu de “receber” e integrar os emigrantes envolvendo-os em subsídios e apoios, centrado no estado e no orçamento, hoje naturalmente em crise; e o modo americano que vive acima de tudo do dinamismo da sociedade que lhes dá oportunidades de emprego e ascensão social."

Tudo parece tão claro, os erros foram e continuam a ser muitos, mas enquanto se continuar a tratar os causadores destes distúrbios como vítimas não vai haver saída para o problema e piores dias virão.

Monday, November 07, 2005

Thursday, October 27, 2005

Belos exemplares...

O que já temos....


e
o que nos espera se não
nos pomos a "pau"....




"Bloqueios" por JVC (Jornal de Tondela)


Originally uploaded by Oishi Kuranosuke.



O meu clube, o FCP, levou mais uma trepa monumental no fim de semana, tão grande, que no final do jogo o estádio do dragão mais parecia o santuário de Fátima, cheio de adeptos com lenços brancos, simbolizando talvez a necessidade de um milagre para conseguir umas vitórias ou apenas um instrumento de precaução para proteger a boca e evitar apanhar o vírus da gripe das aves, das águias neste caso. Desde que se recomeçou a falar desta possível gripe eu sabia que o meu clube era um dos mais expostos à epidemia porque o Pinto, que é o presidente, há muito que dava sinais de debilidade física. No mínimo! Naturalmente que o vírus das aves tinha que o apanhar. Bastava um, mas o portador, Maria Alice antes do jogo e Nuno Golos depois, achou por bem duplicar a coisa para o efeito ser mais doloroso. Attchimm ... Santinho! Obrigado.

Esta cena dos lencinhos repetiu-se noutro estádio mas aqui em Lisboa e embora me digam que esta é uma das formas dos adeptos mostrarem o seu desagrado aos treinadores e desejar-lhes uma boa viagem para o diabo que os carregue (não fora a malvada da dita gripe das aves, mandá-los-iam para as patas que os puseram), acho que este gesto colectivo de muitos dos meus compatriotas merece uma análise bem mais profunda e, quem melhor do que eu, especialista nas matérias, quaisquer que elas sejam, para o fazer?

Eu bem que gostava de não vos desapontar, mas a verdade é que são horas de mandar o trabalhinho para o meu patrão e apesar de já estar na vigésima segunda linha do texto continuo sem saber como fazer essa análise. Tenho dois neurónios, mas um está de greve por solidariedade com a justa luta do bicho da fruta e o outro está bloqueado, não sei o que lhe sucedeu hoje, coitado, até parece os nossos camionistas na fronteira com a Espanha. Só que os camionistas, eles sim são coitados, querem fazer o trabalho deles mas há pessoas, interesses e piquetes que não só os não deixam circular como até os ameaçam fisicamente, passando das palavras aos actos. Ao meu neurónio, a ele, não sei quem foi que o bloqueou! Vou precisar da ajuda de especialistas.

Por falar em especialistas na matéria, telefonei a um amigo meu do BE (Bloco de Esquerda) a perguntar-lhe se o chefe deles, o tele-evangelista Fr. Anacleto Louçã, ia alugar um autocarro, como ele e outros amigos dele fizeram há uns anos, para ir à fronteira de Vilar Formoso defender o direito ao trabalho dos nossos camionistas e refilar, marchar, protestar contra o bloqueio dos espanhóis, com as câmaras das nossas televisões atrás para registar prováveis tumultos e, a cereja em cima do bolo, agressões a deputados dum país soberano.

Que não senhor, que não está prevista nenhuma acção de protesto deste género, mas então tu não sabes, perguntou-me ele, quem é que está a patrulhar a fronteira do lado de lá? A Polícia, disse eu. Qual Polícia, qual carapuça, responde ele, são mas é os gajos dos piquetes pá, pois, e com esses a gente não se mete, estás a ver, é que com a bófia, a gente já sabe que se os gajos nos batem meio a medo, a nós não dói nada e depois eles é que se lixam, mas com os piquetes de greve, és maluco, vínhamos de lá feitos num oito e com um valente enxerto de porrada. Ouve lá João, continuou ele, mas tu alguma vez nos viste a protestar contra, quando podemos levar no coco à séria?

Friday, October 21, 2005

Ainda bem que não houve surpresas...

(Cartoon de Bandeira - Diário de Notícias 21-10-05)

E "olhó" nível! Que diferença de outras personagens! Boa sorte para ele e para nós!

Viva Mezzo!!!



Grande programa musical no serão da passada quarta-feira com o documentário sobre a gravação do CD Autour du Blues-Vol.2 só foi pena levar-nos a perder o princípio da habitual Quadratura do Círculo.

Sunday, October 16, 2005

"Que Rio Grande, Santa Bárbara!" por JVC (Jornal de Tondela)




Desde o fim da tarde de ontem que tem chovido com alguma abundância aqui onde moro. Depois de meses sem uma pinga de água, a ribeira que faz fronteira com a minha casa tem finalmente o caudal mínimo para fazer jus ao nome. Os manda chuvas prevêem, para os próximos dias, a continuação de fortes quedas de água acompanhadas de ventos fortes e, como hábito, há zonas deste concelho isaltinado, que vão sofrer as primeiras inundações.

Bem mais grave parece ser a situação no Porto onde, segundo os noticiários, há um enorme Rio, Rui de seu nome, a correr em paralelo com o Douro e a prometer continuar a causar prejuízos avultados nos alicerces de fortificações seculares, supostamente edificadas em terrenos seguros e inexpugnáveis, mas que afinal mostram já belíssimos sinais de erosão.

O técnico de serviço à previsão meteorológica nas eleições autárquicas na SIC (e no Expresso), de seu nome Oliveira e Costa, assegurava na sexta feira passada, sem margem para qualquer dúvida, que este Rio tinha perdido caudal e que, visse eu bem, corria até o risco de ser despromovido a um mero ribeiro, por obra ou milagre do santo de Assis. É o fim, pensei! O homem para estar a falar assim, com tanta convicção, só pode estar certo! Uma seca destas no país inteiro e mais um Rio que se vai. Corri a acender uma velinha mas devo ter-me enganado na reza porque quem me apareceu foi um tal de Pinto da Costa, ainda por cima a amaldiçoar as suas águas. Sete vezes cuspi e dezasseis me benzi, três dentes de alho e um dedo cortei e à espera do juízo final sentado fiquei.

E quando ele chegou, o juízo (a)final, acalmaram-se os ventos e a água deste Rio foi aumentando até se tornar absoluta. E eu descansei.

Consciente que teria de agradecer, logo que me fosse possível, aos deuses, tão grande graça, primeiro fui celebrar a casa do meu amigo Quim, aproveitando comemoração de mais um aniversário dele. No recato do meu lar, muitos cigarros e copos já passados, levo com um raio num sitio que nem vos digo e recebo a seguinte mensagem no telemóvel: “Acaso está a trovejar para tu te lembrares de mim??? Estás a reinar comigo ou estás-te a meter com o meu marido? Olha, sabes que mais, tu para mim vens de carrilho ...!”.

Saturday, October 08, 2005

Thursday, October 06, 2005

"O Fado" por JVC (Jornal de Tondela)



Hoje é domingo, dia de descanso e por isso há que fazer um esforço suplementar para nada fazer. Dá algum trabalho mas vale a pena chegar à noitinha, vestir o pijama em frente ao espelho e antevendo o que será o dia seguinte, essa segunda feira maldita, poder pensar com orgulho e peito feito, missão cumprida! Hoje, mais uma vez, consegui não fazer nada. A única nódoa a manchar este monumental dia de absoluto ripanço é esta crónica mas que apesar de tudo até acaba por realçar o prazer da preguiça.

E bem precisava deste descanso porque ontem fui aos fados e, claro, deitei-me tarde, bem fumado e bastante mal bebido. Mal bebido porque até parece que estava nalgum país sem videiras, tal o preço dos vinhos, tão caros que nem lata tenho para dar um exemplo. Mas já que insistem, fiquem a saber que pelo mesmo preço de um tintol de média qualidade, quase que pagam o almoço de quatro pessoas num restaurante aí da zona de Tondela onde já fui algumas vezes com os avós paternos dos meus filhos.

Felizmente só nos dá para ir a banhos na nossa cultura quando o rei faz anos, caso contrário já tinha tirado um curso acelerado de lavar pratos com letra protestada do meu banco e música do maestro da massa falida. Talvez por isso se explique que bastante mais de metade da clientela era estrangeira.

As vozes eram bastante boas e os músicos dedilhavam bem; um dos cantores, um juiz desembargador reformado, especialista em fados de Coimbra, lá nos pôs todos a cantar, afinal as terras do interior têm mais encantos quando a malta se pira e vai por aí fora, correndo mundo cá dentro. Deu-me a mim, e se calhar o todos os outros, uma nostalgia dos anos em que por lá estudei, mesmo não tendo frequentado nenhum estabelecimento de ensino por aquelas bandas.

Gosto mais do género do fado que o juiz canta, mas o repertório escolhido pelos que cantam o fado alfacinha também não esteve nada mal. As letras partem-nos o coração e versam os temas do costume, o meu amor, que eu amo tanto e que me passou ao lado e fez de conta que eu tinha escarlatina evitando qualquer contacto físico e assim atirando-me para uma cama de um hospital publico em dia de greve dos enfermeiros e doutores e outras coisas do género.


Mas a que mais me tocou mais foi aquela que nos conta a história duma desgraçadinha que andava, sossegadinha, no gamanço para dar de comer aos seus, um boneco nas mãos da justiça ou a justiça nas mãos da boneca, uns a querer mandá-la para o xelindró e os outros a quererem recompensá-la com umas férias prolongadas num pais tropical, abençoado e por Deus e bonito por natureza, por fim obrigada a fugir, uma mão à frente e a outra também, saudades do bacalhau com todos, finalmente o regresso auto imposto, arriscando tudo, conforto, dinheiro, jóias peles, o vergar a Lei, o perdão, os risos, as palmas, as luzes da ribalta, o sucesso, as câmaras!
O lancinante trinar das guitarras realçava o sofrimento vivido pela fadista de negro vestida, feito de esgares faciais, olhos fechados e virados para o céu, puxões bruscos e desesperados das mãos no xaile, qual corpo de um tacho imaginário, que com dolorosa saudade se precisa de segurar, acariciar e embalar.
Fosse o preço do tintol mais em conta e tinha afogado as mágoas. De vez!

Wednesday, September 28, 2005

Thursday, September 22, 2005

Uma razão para votar em Carrilho...

Ainda na cama esticar o braço e ligar o rádio para melhor (ou pior) acordar. Pérola da manhã de hoje:

Uma apoiante de Carrilho explica na Antena 1 o que a leva a apoiar Manuel Maria Carrilho: " ...pois a Barbara é uma mulher da comunicação social e uma mulher por trás de um homem é sempre uma grande mulher..."

Para quê tanto dilema a escolher os próximos autarcas que nos governarão quando tudo é tao simples...

Friday, September 16, 2005

"Alison Lapper Pregnant"



I relate to this critique by Richard Dorment (Telegraph 16-09-05) on the new statue to be on show for the next 18 months (luckily not for ever) in Trafalgar Square:

"...What you see at first sight is all there is to the work of art. It leaves no room for metaphor or allusion - nothing that the viewer can bring from his or her own experience that might enrich or change or deepen the meaning of the work...."

"...There is no possible response to this. It is not Miss Lapper whom Quinn has put on a pedestal in the heart of London, but political correctness. How smug and self-righteous he is. He knows full well that anyone who dares to criticise the statue will instantly be accused of prejudice against the disabled.

But to me it feels as though Quinn exploits people like Miss Lapper by focusing so entirely on her disability. In recent weeks she has been writing movingly about her life in various newspapers. Surely she would rather be known for her work as an artist and a writer than for Quinn's banal sculpture of her body.

Quinn isn't, as the politically correct expression has it, "celebrating difference" - he's advancing his own shoddy career."

Tuesday, September 13, 2005

Camel riding!


Riding a camel!
Originally uploaded by Big Mamma Costa.
The highlight of my trip to Tangier.

Friday, August 26, 2005

João

João
The sweet six year old my friends just adopted, playing
in his new swimming pool.
I wish him and his new parents a very happy life.

New work (2) by me

untitled
116x89 acrylic on canvas

New work (1) by me

untitled
120x120 acrylic on canvas

Monday, July 11, 2005

Us3 -Cool Jazz Fest

Great evening yesterday at Casa da Pesca, Oeiras.
Us3 was playing. Check out their hit theme and video Cantaloop at www.us3.com/video.html
The place is one of the most beautiful places for an outdoor concert on a warm summer's evening like last night's.

"Deep Impact" by JVC (in Jornal de Tondela)



O titulo corresponde ao nome dado a (mais) uma nave da Nasa cujo objectivo é colidir, com o cometa Temple1(*) e, através dos resultados dessa colisão, saber mais sobre a estrutura dos cometas e sobre a criação e a evolução do nosso sistema solar.

A nave, lançada em Janeiro deste ano, ao chegar ao seu destino, vai largar duas outras naves robotizadas, uma chamada Flyby e a outra Impactor, que depois de complexas manobras se vão posicionar para as suas missões. A segunda vai tentar transmitir imagens da sua trajectória suicida em direcção ao núcleo do cometa até ao impacto e a primeira transmitirá as imagens após o impacto.

A colisão não terá efeitos na sua trajectória e uma das grandes expectativas imediatas, quer entre os cientista quer entre o publico em geral, é a de tentar adivinhar qual o tamanho da cratera que vai resultar do choque. Em confronto estão os que acreditam que o cometa é um enorme conjunto de resíduos e que por isso a cratera será insignificante e aqueles que acham que o cometa é extremamente sólido o que significará uma cratera substancial. Eu incluo-me entre os partidários da primeira teoria.

Ao acompanhar os actuais acontecimentos, espaciais e terrenos, internacionais e nacionais, por comparação, aceito também apostas sobre o seguinte: qual o tamanho da cratera que vai resultar da luta contra a teia dos obscenos privilégios que, ao longo das últimas três décadas, uma parte bastante significativa dos nossos concidadãos se entreteve a tecer á nossa volta e que agora ameaça o nosso bem estar e o dos nossos descendentes?

O Impactor representa os que, como eu, entendem que a liberdade de escolha é o motor do desenvolvimento e do progresso; os nossos privilegiados concidadãos serão o cometa e o governo é representado pela nave que vai ficar a tirar fotografias, de longe, aos estilhaços do confronto.

O lançamento da nossa nave ocorreu há poucas semanas, graças ao impulso dado ao projecto por um, até agora corajoso, novo comandante. Dizem alguns que o impulso foi fraquito mas o certo é que deu para levantar poeira e isso, a meu ver, já é alguma coisa. O impacto está previsto para ocorrer algures no próximo outono, ou inverno, que isto de datas rigorosas é coisa complicada.

A crer nos primeiros dados enviados pela nave, parece mais provável que a cratera resultante desta colisão terá dimensões reduzidas; de facto, os testes feitos ás últimas imagens obtidas, tiradas mais de perto, indicam que o núcleo central é composto por uma massa fossilizada, muito compacta e ruidosa.
Não devem estas primeiras impressões desmoralizar as hostes do Impactor que apostam numa grande cratera. Até no espaço, água mole em cometa duro, tanto dá até que fura.

(*) A colisão já terá ocorrido à data de 4 de Julho.

Thursday, July 07, 2005

UK RULES!!!!


NO MATTER WHAT THEY DO, UK RULES!!!

Monday, July 04, 2005

"Capital de Risco" por JVC (in Jornal de Tondela)


Zanguei-me! Comigo mesmo! E em público! Passei-me dos carretos depois de uma azeda e acalorada troca de palavras entre o Eu e o uE e, mesmo à frente de todos os clientes do banco onde tenho conta, fiz, ou melhor, fizemos uma cena que só vista.

Há uns tempos (para aí há uns dez anos, mais ou menos) entreguei ao gerente do balcão (na altura era o senhor Fulano) um pedido muito bem estruturado onde expunha as razões pelas quais achava que eles deviam financiar o meu projecto de investimento. Para não entrar em detalhes técnicos, incompreensíveis para os comuns, direi que era (é) um projecto inovador que consistia (consiste) na construção de uma unidade para fabrico de uns aparelhos, a que eu chamei “Redesenhadores”. Estes aparelhos, fruto da aplicação das mais avançadas e sofisticadas tecnologias actualmente disponíveis na Terra e seus arredores permitem, a quem os vier a possuir, não só recuar no tempo, mas também (e muito mais importante) alterar o rumo de alguns acontecimentos no momento certo e não já fora de prazo. Não de todos os acontecimentos, mas da maior parte.
Imagino-vos a pensar: sucesso garantido! Então e eu não sei? Milhares, acreditem, foram milhares os inquéritos, milhares as horas de estudos complicadíssimos e para quê? Infelizmente, os senhores lá do banco, toscos, não viram o potencial lucro mesmo à frente do nariz.

Há uns dias porém, a coisa mudou completamente. Marcaram-me uma reunião e informaram-me que respondendo ao apelo do senhor Presidente, a administração do banco tinha decidido apoiar o meu projecto de investimento. Apoiar! Sem mais reservas nem demoras!

Ainda mal recomposto da boa noticia, qual não é o meu espanto quando de repente Eu, ou melhor uE, desata aos gritos, completamente fora de mim (ou dele eu já nem sei), vermelho de raiva e de fúria, um chorrilho de impropérios ao gerente e à administração do banco, mas quem é que eles pensavam que eram para andarem a brincar com o dinheiro dos outros, queriam era matar-me, isto é matá-lo, roubá-lo, eu sei lá que mais. Mau demais para descrever. O gerente, o Tal coitado, não sabia para onde se virar nem o que dizer. Os outros clientes do banco pareciam estátuas. Eu, quedo e mudo. Após alguns momentos, lá tentei acalmar os nossos ânimos e ver se nos levava dali para fora; o eU disse que sim mas primeiro precisava de fazer uma coisa. Rapa-me de uma caneta e força-me a escrever a reclamação:

“Exmo Senhor Presidente do Conselho de Administração do Banco,

Venho por este meio lembrar a V. Exa que o dinheiro que o signatário tem depositado neste banco (e deixe-me que lhe diga, pessimamente remunerado a uma taxa de juro miserável que nem dá para cobrir a inflação) não é para ser emprestado a qualquer caramelo maluco que se lembre de lhe apresentar um qualquer projecto de investimento, ainda que daí possam resultar maiores retornos, leia-se lucros, para a instituição que v. Exa tão sabiamente soube gerir ... até ontem.
Pode estar certo de que vou enviar uma cópia desta reclamação ao Presidente do Banco de Portugal, o qual certamente lhe lembrará umas quantas obrigações que V.Exa tem para com ele de modo a não cair no conto do vigário e dar cabo minhas parcas poupanças...”

Thursday, June 30, 2005

Ajuda precisa-se para Portugal...

Enviaram-me um mail com esta citação de Eça de Queiroz, datada de 1871, com o título "Previsões".
Como é óbvio isto não era uma previsão para ele, era a constatação de um facto. O que é grave é que embora ele provávelmente não soubesse e nós sabemos agora, Portugal tornou-se mesmo nisto. E é o que somos agora, e a julgar pelos últimos 134 anos vamos continuar a ser. Que fazer? Alguém tem uma ideia?


"Estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na
inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e
tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte, o país está perdido!"

Wednesday, June 29, 2005

New work (3) by me

Untitled by IVC

New work (2) by me

Untitled by IVC

New work (1) by me

Untitled by IVC

"Partidas" por JVC (in Jornal de Tondela)


Na passada semana fui ao aeroporto da Portela, mais precisamente à área das chegadas. O sol já há muito que tinha ido visitar outras paragens e, porque agora há que respeitar outras regras, o movimento era reduzido sendo poucas as pessoas que por lá se encontravam. O espaço, grande e bem iluminado, não tresandava a humanidade como noutras alturas, noutros tempos.

Gosto de aeroportos! Partidas e chegadas com significado oposto algures numa outra parte da Terra, num outro aeroporto. Gosto mais das chegadas fruto de uma velha incompatibilização com as partidas, há muitas aventuras passadas, na idade em que ainda não sabia que a estrada dos dias indolentes e preguiçosos desembocava numa via rápida de traçado duvidoso, umas vezes suave outras não, em acelerada direcção ao desconhecido. Mas é de partidas que quero escrever e para tal transcrevo um texto da autoria de JCD e que foi publicado no seu blogue Jaquinzinhos:

“Imaginem um Francisco, quadro técnico de máxima qualidade, especialista no que quer que seja.
Não tem empresas, não recebe dividendos, não herdou, não tem aplicações financeiras de milhões, não é proprietário de imóveis, não acede ao private banking, não tem contas nas ilhas Caimão, não tem pais ricos e nunca foi a Gibraltar.
O Francisco entrega a sua declaração de IRS em Março. No recibo de vencimento pode ler-se o montante de 4300 euros mensais brutos, a que acresce subsídio de refeição (nota 4300 x 14 = 60 200).O Francisco é desejado por muitas empresas. O Dr. Ambrósio, o patrão do Francisco não o quer perder. Faz contas e decide premiar o esforço e a dedicação do seu melhor técnico, atribuindo ao pacote salarial do Francisco mais dez mil euros por ano.
O Francisco fica muito feliz, a empresa vai gastar mais 10.000 euros por ano com ele. Parece muito bom. Mas depois faz contas:a) Dez mil euros a dividir por 14 meses 714 euros/mês; b) Taxa social única suportada pela empresa: 136 euros/mês; c) Taxa social única suportada pela empresa mas atribuída ao Francisco: 64 euros/mês.; d) IRS marginal (escalão dos 42%): 234 euros/mês; e) imposto de selo: três euros. Sobram ao Francisco 269 euros/mês, que lhe permitirão adquirir 226 euros de produtos com IVA a 21 por cento. Feitas as contas, por cada 31,5 euros que receber a mais, tem que alimentar o Estado com 68,5 euros. É mais do dobro. Dos dez mil euros, nem sequer um terço é para premiar o Francisco.Conclusão o Francisco vai trabalhar para Espanha..."

Eu também começo a pensar que com a gasolina (muito) mais barata e com o IVA também (muito) mais baixo o melhor é, sem passar pelo aeroporto, ir passar por lá umas férias mais prolongadas e esquecer o ditado.

Tuesday, June 21, 2005

"Critica cultural" por JVC (in Jornal de Tondela)

Inspirado num grande sucesso de bilheteira brasileiro, centenas de jovens marginais, perdão jovens socialmente não integrados, de ascendência africana, estrearam em Portugal, no âmbito das comemorações de mais um dia de Portugal e das Comunidades, o espectáculo O Arrastão. Há vários anos que, na zona entre Algés e Cascais, se ensaiava esta peça mas só agora foi viável juntar um tão grande número de ladrões, perdão, de actores.

Levado à cena na praia de Carcavelos, em recinto superlotado, este primeiro espectáculo foi um êxito absoluto, tendo em conta a falta de publicidade que o antecedeu: abertura dos telejornais nacionais, capa dos principais jornais e referências elogiosas na imprensa internacional, como por exemplo na BBC, CNN, Folha de São Paulo, Washington Times, etc. Espera-se que muitos dos nossos potenciais visitantes estrangeiros não desistam de cá vir com base na esperança de também poderem ver este show nos seus próprios países.

Seguindo a via do espectáculo alternativo, no Arrastão há uma forte interacção entre o publico e os ladrões, perdão, os actores, o que nem sempre é bem compreendido pelos incautos, perdão, pelos espectadores menos bem formados e informados; tal facto pode dar origem a algumas cenas, sempre desagradáveis e condenáveis. Infelizmente foi o caso: houve alguns desacatos prontamente resolvidos pela intervenção da Polícia que, dada a falta de publicidade e de licenciamento do acontecimento, não estava presente desde o seu início. Alguns feridos de menor importância entre a assistência e pânico (injustificado) de famílias que teimam em levar crianças pequenas para espectáculos impróprios para as suas idades, merecem também breve referência. Há ainda notícias de pequenos incidentes causados por alguns dos ladrões, perdão, dos actores, que inebriados pelo êxito, se excederam no trajecto de volta ao recato dos seus lares. Nada que possa por em causa o excelente trabalho dessas centenas de ladrões, perdão, de profissionais.

Contudo, ao olho mais experiente do crítico, moi, não passaram despercebidas algumas falhas técnicas na execução da grande maioria dos ladrões, perdão, dos actores; falhas menores, dirão alguns; serão menores, sim senhor! Mas importantes! E exactamente por essas falhas serem menores é que, cada vez mais, os accionistas da escola a que eu pertenço – Portugal – entendem ser necessário alterar a (cruel, desumana e injustificada) legislação que impede o acesso destes jovens ladrões, perdão, actores, ao aperfeiçoamento profissional. Corrigir o (ainda pouco) que está mal e alargar o conhecimento é um bem consagrado na carta dos direitos humanos. Deles! Espera-se, deseja-se, quiçá exige-se, abertura das autoridades competentes para algumas (urgentes) mudanças na legislação em vigor.

Uma outra nota, noutro espaço cultural, de âmbito mais restrito, chega-nos ao conhecimento que o grupo cénico de um banco cá em Portugal (está, tem estado, estará???) a levar-nos em cena, um espectáculo musical em dó(i) baixinho, intitulado “6 anos? Reforma-se já...”. O elenco, de grande nível, promete qualidade e casa cheia. O publico está proibido de interagir com os hmmm... actores.

Wednesday, June 15, 2005

Comunistas....

Na fila para prestar homenagem a Álvaro Cunhal:
Pergunta do reporter: "O que o faz estar aqui hoje?"
Resposta do indivíduo:"É preciso perguntar? Olhe diga o Alberto João Jardim que ele foi parido do cu..." (interrompido pelo repórter, não sei porquê...)
Senhora acompanhando urna no mesmo funeral:
"O comunismo ainda há-de triunfar aqui como triunfou na União Soviética (??). Isto é so putas e drógados..."

Tuesday, June 14, 2005

"Concorrência? Não obrigado!" por JVC (in Jornal de Tondela)

Concorrência? Não obrigado!

A semana que passou foi barulhenta! Muito ruído, muita discussão, talvez a prova de que com o bom tempo, os calores de muita e boa gente entram em ebulição e zás, salta-lhes a tampa! Ele foi na França, na Holanda, na Itália, e por aí fora e por aqui dentro também. Agora que as comadres estão zangadas vai ser lindo. Ainda bem que a minha santa ignorância nunca me motivou a tentar nenhum cargo publico porque, agora, não queria estar na pele de quem vai (tentar) consertar o que parece estar a desmoronar.

A meu ver e na minha santa ignorância, muito deste barulho (cá e lá) deve-se a uma palavra: concorrência! E à reacção (alérgica) de muitos dos nossos maiores empresários privados, gente com sucesso e muita nota, quando são obrigados a conviver com ela.

Antes do 25 de Abril de 74, alguns grandes empresários, com enormes empresas e fortunas, viviam devidamente protegidos pelo regime. Esta situação de monopólio favorecia-os em prejuízo dos consumidores. Curiosamente (ou não), nos nossos novos parceiros lá de Leste, a coisa então não era muito diferente, embora como sempre me ensinaram, os regimes fossem ideologicamente opostos.

Depois do 25 e após algumas más e dolorosas experiências, o caminho da economia de mercado foi tomado e reforçado com a adesão à U.E, craindo-se as condições para que, todos os que acreditavam na iniciativa privada pudessem, através do seu engenho e trabalho, contribuir para a melhoria das suas vidas e do bem estar das comunidades.

E hoje, o que temos? Temos muitos novos pequenos e médios empresários; temos alguns grandes grupos económicos, novos e velhos empresários que, com as suas carreiras de sucesso souberam construir grandes empresas, também elas de sucesso. Um bom exemplo de iniciativa privada! Mas, serão mesmo um bom exemplo? Hummm, desconfio!

E desconfio, porque um senhor que é, individualmente, um dos maiores accionistas de vários dos maiores grupos privados cá da nossa praça, também com vastos e privados interesses lá nas Américas, no sector do petróleo (ora aqui está um sector onde eu podia arranjar um tacho mesmo não percebendo nada do assunto), vociferava há uns tempos, em entrevista escrita, contra o facto de um organismo regulador da concorrência insistir em cumprir a sua missão (baixar os preços cobrados aos clientes) não se preocupando com os efeitos negativos que essas medidas (para fomentar a concorrência não nos esqueçamos) poderiam causar numa das suas empresas. Elucidativo! Comentários dos seus pares? Nã!

É este o exemplo de alguém que, supostamente, defende as liberdades individuais frente ao poder do Estado e oportunidades iguais para todos?. Afinal parece que pouco mudou ...

Wednesday, June 08, 2005

My fridge


Dilemma
Originally uploaded by Big Mamma Costa.
My confusing fridge and my everyday dilemma: what to cook for dinner.
(for anybody who sees this: yes I know I don't need to keep Marmite in the fridge but it often ends up there thanks to my absentminded maid)

Monday, June 06, 2005

Árvores


My recent tree painting
Originally uploaded by Big Mamma Costa.
Um dos meus útlimos quadros testando o efeito pendurado no meu quarto. Hummm... Ainda não consegui fazer um com que ficasse cem por cento satisfeita. Há que continuar...

Monday, May 23, 2005

"O Artista" por JVC (in Jornal de Tondela)



A acreditar nos vários estudos publicados sobre nós, os portugueses, somos dos povos menos instruídos da chamada civilização ocidental, razão mais que evidente para andarmos, no mínimo, em constante depressão.

Há dias, por um daqueles acasos que faz progredir a Humanidade, foi descoberto um novo culpado: as Agências de Viagens!

A um jovem português, de nome Ferreira e Artista de Fitas de profissão, se deve o mérito. E ao Jornal de Tondela, através deste intrépido colaborador, moi, se deve, a publicação em rigoroso exclusivo nacional e mundial, dos primeiros desabafos do Artista, ainda no corredor da prisão (e não à chegada ao nosso país como tem sido divulgado) e a caminho da liberdade. Antes, uma nota prévia: por imperativos que se prendem com direitos de autor resultantes das complicadas negociações envolvidas para a minha inclusão, a pedido de certas autoridades, nas negociações, só me é permitido transcrever este excerto, embora haja material desabafado em quantidade para um livro, quiçá para um filme a estrear brevemente num cinema perto de si, já que vai ser, por si, subsidiado – a vertente financeira é suposto ficar no segredo do défice, por isso não digam que eu vos disse. E cito Ferreira, o Artista:

“Espero que o meu caso sirva de lição, e que quer o Ministério dos Negócios Estrangeiros quer as Agências de Viagem passem a disponibilizar mais informações sobre os países e as suas leis”.

Isto é, o Artista, deixa-nos como lição da sua aventura, não o seu pecado de mamar um charro, acto de enorme prestigio e promoção da nossa cultura, mas antes um aviso (sob a forma de acusação pública) para que, juntamente com os bilhetes, as Agências de Viagens sejam obrigadas a dizer-nos onde podemos, sem medo da lei, snifar à vontade, fazer uns putos, apedrejar umas cachopas, etc.

Perguntarão: porque é que o Ferreira, o Artista, tratou logo de sacudir a água do capote? Porque isso é que é ser bom português? Não! A culpa é do sistema! Do sistema que nos mantém, a nós e muito em particular às Agências de Viagens, na mais santa, desavergonhada e descarada ignorância. Ainda bem que o sultão lá do sitio afinal era um paxá caso contrário não teria rebentado este escândalo!
Consta entretanto, que há mais um nosso compatriota vítima da incúria das Agências de Viagens, lá para os lados do Chipre, por não ter sido informado de que era proibido levar 4 quilos de droga.

E nós, vamos deixar as coisas assim? Não fazemos nada? Tem uma Agência de Viagens ao pé de si? Já percebeu porque é que os funcionários sorriem sempre que lá e entra lá lhes dirige a palavra? É, pois é, é por isso mesmo: estão, cinicamente, a gozar com a sua cara. Então faça qualquer coisa! E agradeça: obrigado Ferreira, ó Artista.

Monday, May 16, 2005

Xô monstro! por JVC (Jornal de Tondela)

Xô monstro!

Dei, finalmente, o passo que faltava para me libertar do monstro da PT (Portugal Telecom): assinei a documentação para aderir a outra operadora de telefones de rede fixa. Não digo o nome porque não sei se é permitido, mas é óptima esta sensação (talvez mesquinha, confesso) de vingança ao meter um golo ao Golias das telecomunicações cá do burgo.

Sei que a agora aclamada nova operadora, vai dentro em breve dar-me muitas dores de cabeça porque concorrência é coisa bonita, necessária e imprescindível, muito apregoada, patati, patati, patapum, mas que, cá neste nosso cantinho, acaba sempre, mas mesmo sempre, por ficar na gaveta. Ah, mas este arrumar na gaveta, só é levado a cabo após lavagem (q.b.) de roupa suja na praça pública, convenientemente publicada na praça pelos órgãos informativos afectos a cada uma das partes; depois, bem, depois da tempestade, lá vem a bonança, através de umas reuniões de reconciliação entretanto agendadas por uns primos dos cunhados dos directores em que acabam com todos a cantar: “Estabilidade sim, concorrência não ...chamadas caras sim, baratas é que não”!
Este “mamar suave” dos nossos gigantes de telecomunicações só tem sido abalado por concorrentes estrangeiros que não têm no seu capital sócios portugueses.

PREC Revisited...

Razões evocadas para saneamento de funcionários da RTP na altura do PREC (publicado em artigo do Expresso deste Sábado):

"sogro do dr. ..."; "quase de certeza corrupto, pelo lugar que ocupava"; "nenhum passado antifascista, talvez pelo contrário"; "beato fascizante, cunhado de ..."; "atrasado mental"; "frustrado homossexual eventualmente não activo"; "amante de ... (já saneado)".

Saudosos tempos, sem dúvida, para o miliante comunista autor desta lista e para outros como ele...

Tuesday, May 10, 2005

New Year resolutions...

Sabem não é? Aquelas mudanças de vida que se resolvem no ínicio do ano. E sim, eu sei que estamos em Maio, mas resolvi que as minhas "resolutions" começariam (mais uma vez) desta vez no princípio de Maio. Bem no princípio não porque o 1º de Maio, para além de ser o Dia do Trabalhador (que para mim me diz muito...) era também Domingo, e Domingo é para o descanso, não é? Pois bem comecei no dia 2. Nada mau! A mudança involve tento na língua (no que como, não no que digo que isso continua na mesma), exercício (outra vez) e pintura (mais trabalho e inclui uma parede e os espelhos dos degraus da escada. Ah! e telas também...). Esqueci-me de dizer que o exercício só começou esta semana ( já lá vão dois dias...). Ontem armei-me em campeã e resolvi que os meus primeiros 30 minutos diários de marcha iam ser a subir. Hoje de manhã parecia que tinha andado a fazer snowboard porque além de podre em geral, só me doía o "Cartão Único"... Enfim devo andar duma maneira muito estranha. Hoje achei por bem ficar mais pelo plano e fui até à praia onde havia, além de mim, mais 3 pessoas. Um parecia tirado de uma revista de moda masculina: era um fulano alto com chapéu de palha daquelas à fina, camisa de linho e calcinha de caqui, passeando o seu igualmente elegante cão cinzento claro tipo veludo, de pelo curto, orelhas caidas, talvez um "pointer" (não identifiquei a "marca"). Parecia que estava numa praia exclusivíssima e imaginei-me num qualquer filme promocional da dita. A senhora que vi a seguir continuava perfeitamente enquadrada neste cenário com o seu chapéu de pano branco, uma camisa fluída às flores, calças de caqui e ténis brancos. Perfeita, esta com um cão que também não identifiquei a "marca" (está visto que não percebo muito disto. Também no meu tempo... só havia para aí umas quatro "marcas" para além do rafeiro que era o que estava então mais na moda) , mas não interessa era um cão perfeitamente decente castanho e que ligava bem com a dona. Eis senão quando ao continuar a andar (direi mesmo marchar, que eu não ando a brincar) dou de caras com uma personagem, marchando a bom ritmo no sentido contrário ao meu. Um "belo" exemplar do macho português: baixo, quadrado no formato, tronco nu totalmente alcatifado de um "carpélio" bem espesso, calcões e os sempre essenciais ténis com meia branca. E assim acabou rápidamente a minha "participação" no filme promocional da praia paradisíaca. Era tempo de voltar à base e continuar com as outras "resolutions".

Monday, May 09, 2005

At last!

At last, it's over. I finished my translation and can get back to blogging.
That is if I feel inspired which I don't at the moment, so every week I'll be posting a text by my one and only (JVC) which is being published on Jornal de Tondela. Enjoy! (And comment if you feel like it)

"Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura!

A minha preguiça resistiu até ao limite mas, pelo menos por agora, rendeu-se. Derrotada!

E assim se dá inicio ao compromisso assumido de, pelo menos de quinze em quinze dias e até um dia, enviar umas notas e comentários sobre temas à minha escolha. Em ritmo de passeio, já se vê, que isto da preguiça ter perdido uma batalha, não quer dizer que tenha perdido a guerra!

Obviamente que, sendo de passeio o ritmo, fui languidamente deixando passar o tempo e agora, chegada a hora da entrega do TPC, só me safo duma falta, graças à técnica do escreve, escreve, escreve ... (versão escrita do falado fedorento).

Esta técnica, parente da do “empata”, foi mesmo gerada por Portugal (o Pai) e pelos nossos vizinhos Espanhóis (a Mãe), tendo chegado aos EUA, onde está regulamentada e responde pelo nome de filibuster. Diz a enciclopédia Wikipedia, que aquele palavrão, uma táctica legislativa, se refere a “... tipicamente um discurso muito comprido, destinado a empatar o processo legislativo .... Um Senador, ou vários, podem falar durante todo o tempo que quiserem e sobre qualquer tópico à sua escolha ainda que o mesmo nada tenha a ver com o tema em discussão”. E termina, explicando que “ ... tem origem na palavra que os Portugueses e Espanhóis usavam, no principio do séc. XVII, para designar os piratas que tomavam os navios como reféns para cobrarem um resgate, os filibusteros”. Por causa dela – mais uma vez – reina lá pelos states, uma confusão danada, porque os republicanos querem-na revogar por os democratas a estarem a usar para impedir umas nomeações de juizes. Ah, há uns seis anos, foram os democratas que a quiseram revogar. Afinal, quem sai aos seus ...

Provavelmente não tem nada a ver com o que acabei de escrever, mas ouvi dizer que o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, anunciou, depois do Conselho de Ministros que reuniu lá para os lados de Braga, a criação de centros de emprego móveis até ao final deste mês, descrevendo-os como "núcleos de intervenção rápida e personalizada”.

Isto quererá dizer o quê? Que se eu ficar desempregado, basta-me telefonar para um número de emergência e, logo ali, quase tão rápido como a sombra do Lucky Luke, aparece um esquadrão de técnicos anti-desemprego? Para me fazerem o quê? Prestam-me os primeiros socorros (pagam-me uma bica e dão-me um cigarro) e levam-me para o centro de emprego mais próximo onde fico a aguardar o resto do tratamento?
Ou será a medida anunciada, um efeito colateral de um dos “activos” da região, famoso por ser “leve e agradável de paladar, produzido nas encostas soalheiras do rio Cávado e fruto da influência da natureza aliada às boas características da casta loureiro e à técnica de produção utilizada”?"

Thursday, April 21, 2005

The loveliest smiles in the world!

Smiles
The translation is progressing nicely, so far at least.
No time for anything let alone blogging which unfortunately
has to come at the end of my priorities. But everytime I
look up from my laptop I see this picture of my boys taken
about 10 years ago and it just melts my heart. Aren't these
the loveliest smiles in the world? Well, you have to excuse
a very "soppy" mother...

Friday, April 15, 2005

Am I crazy or what?

Am I crazy or what?
Oh dear... Will I make the deadline? I'll have no life
until April 29th. I'm scared sh...less!

Thursday, April 14, 2005

Snowmouse


Snowmouse
Originally uploaded by Big Mamma Costa.
Acabei de o fazer e antipatizei logo com ele. O ar importante e altivo lembra-me umas quantas pessoas. E já agora não acham a expressão daqueles olhinhos parecida com o Marques Mendes?

Wednesday, April 13, 2005


My baby and his band in action last Sunday. Posted by Hello

Sunday, April 10, 2005

Yeah, I have to admit...

Camilla and Charles
I spent too many hours lazying on the couch
watching the Royal Wedding...
But it was good fun, for me at least.
Who could have thought the couple could
actually look this good...

But what about this?
fashion??
Can you believe it?
This young woman, partner of Tom,
the bride's son, calls herself a
fashion editor...Guess she forgot
to edit her own fashion...
Looking good
Well, I liked Zara's unpretentious
and relaxed look.

Wednesday, April 06, 2005

Sniff! Sniff!


02220038-1
Originally uploaded by Big Mamma Costa.
Os meus bébés deixaram ontem o ninho.
Foram para casa da Marta, a minha nova e linda priminha. Espero que lhe façam muita companhia.
Mãos à obra para mim...

The pleasure of skiing?!?!?! Or should I say skying?

sky1
The butterfly stage... The fear. The sickness.
The humiliation.
Still can't understand what kept me going.
sky2
The "cunha" stage... The fear. The sickenss.
The humiliation.The slight pleasure of actually
moving for a couple of meters without falling on
your b...
sky3
The show off stage... Fear still here.
Sickness sometimes gone. Humiliation overcome
by actually seeing other people make greater fools
of themselves. The delight of managing to complete
a blue sky slope imagining you actually look pretty
good doing it...

Tuesday, April 05, 2005

Olhem só para este céu!!!


neve
Originally uploaded by Big Mamma Costa.
E que saudades desta neve branquinha...

Monday, April 04, 2005

I'm back!!

And this is what it was like.
So I'm back from the party and the feeling is not nice...
But I mustn't be so negative. It was great. A couple
of friends came back with some nasty injuries but
hopefully all will be well with a lot of rest and TLC.
And there we are in the picture descending at the
speed of lightning... Pity it's a still and you can't quite
grasp the velocity of the descent. Better that way.
It wouldn't be easy on your eyes...
neve1

Wednesday, March 23, 2005

See you in April!!!


For the next week this is what I'll see, I hope...
Wish you all a nice Easter.
Boa Páscoa!!!

Tuesday, March 22, 2005

O meu novo futuro projecto...espero!


Acabado de receber da Amazon, depois de ter resolvido experimentar por inspiração da Hilda. Infelizmente terei de esperar pois há malas para fazer(boring...) Off to the ski slopes for a week!

Monday, March 21, 2005

Da minha janela...


E ela lá apareceu, finalmente!
Não quando era mais esperada mas, teimosa, quando lhe apeteceu...
E mais vale tarde que nunca.

Wednesday, March 09, 2005

E a chuva? Vem ou não vem?


"Rain"
Marc Chagall(1911)

Tuesday, March 08, 2005

Homem invisível

"...Portugal respira confiança. A economia sorri. O país está sereno como nunca. A invisibilidade de Sócrates é uma alegria para nós."
(João Pereira Coutinho - Expresso )

Tuesday, March 01, 2005

Sunday, February 27, 2005

Alguém reconhece esta maravilha?


Guess what this is?
Originally uploaded by Big Mamma Costa.
Que sorte poder dar um passeio matinal de Domingo usufruindo destas vistas...